Política: por que e como participar?

Entender a política como uma aliada da sociedade e não só como uma concorrente é fundamental para democracia.

O termo “política” é derivado da palavra pólis, que eram as cidades-Estados da Grécia antiga, e por extensão, também poderia significar comunidade e coletividade. Dessa forma, ajuda a lembrar que a política é composta pelo governo e também pelos cidadãos, ambos precisam trabalhar juntos para uma boa gestão. Como a ideia do filósofo, Aristóteles, “o ser humano é um ser político”, pois já nasce dentro de uma sociedade e o contato e o diálogo com outras pessoas é fundamental.

O Brasil é uma República Federativa, ou seja, a população vota para escolher o chefe de Estado que preside por 4 anos. A sociedade deve poder participar das decisões e deve conhecer os cargos, para que vote consciente. “Falta à população brasileira parte desse conhecimento teórico, institucional” atenta o cientista político, Rafael Gripp.

O IDCT fez uma pesquisa com, aproximadamente, 145 pessoas, 94% delas acham importante estudar política. A veterinária, Thalita Citty, opina “devia ser matéria igual português e matemática. Aprender desde a infância e até no pós doutorado”. E, isso, comprova que os brasileiros estão mais preocupados com o seu papel na sociedade. Diante disso, “perceberemos que a crise que julgamos estar vivendo, talvez seja a reação madura de uma população bem informada sobre os fatos políticos”, ressalta Gripp.

Entretanto, esse cenário muda quando se pergunta sobre a participação ativa na política do país. 82% dos entrevistados responderam que não participam e, 68% não sabem o que é o controle social. Então, as pessoas acham importante o estudo, mas não sabem como contribuir.

Como participar

O controle social é o poder da sociedade exercido sobre o governo, ou seja, trata-se da capacidade que a população tem de intervir nas políticas públicas. E, isto, está diretamente relacionada à lei 13.460 que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública. As ouvidorias são os órgãos adjuntos dessa Lei. Segundo o ouvidor do município de Belo Horizonte e presidente do IDCT, Gustavo Nassif, “a Ouvidoria é um órgão/departamento nas instituições públicas e ou privadas que atuam na interlocução entre o cidadão/consumidor e as instituições”.

Dessa forma, os cidadãos devem prezar pela participação ativa por meio de fiscalização dos seus representantes e denúncias para os órgãos públicos, fazendo isso pelas ouvidorias.

Rafael ainda lembra que a internet é uma aliada no processo de participação ativa. “A população deve continuar participando através das redes socias, pressionando e fiscalizando os representantes”.  Além de tudo a ferramenta contribui para o contato direto dos representantes com a população.

Eleições municipais

Diante do exposto, percebe-se a importância da política e da participação da sociedade pelas redes sociais e por meio de denúncias. Entretanto, outro ponto importante são as eleições que acontecem a cada 2 anos e o eleitor deve analisar e conhecer os candidatos. Devido a pandemia do coronavírus, houve alterações nas datas e na política das eleições, por isso, a equipe IDCT preparou uma matéria exclusiva para este assunto que é de interesse nacional. E também um diálogo sobre o tema vai acontecer, em breve, em nossas redes. Acompanhe o IDCT!

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