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A Musa Irrequieta
"Ainda é relativamente fácil escolher uma entre múltiplas marcas de iogurte, mas não escolhemos a língua onde nascemos, nem a pessoa que nos assalta a vida."
11 pages, ebook
First published October 17, 2012
About the author
Pedro Paixão
44 books67 followersPedro Paixão nasceu em Lisboa, em 1956, vive em Stº António do Estoril e tem um filho. É doutorado em Filosofia, que ensina na Universidade Nova de Lisboa. Com Miguel Esteves Cardoso fundou a agência de publicidade Massa Cinzenta, que mais tarde vendeu. Com o seu primeiro romance, "A Noiva Judia", inaugurou um estilo que tem vindo a marcar a cultura portuguesa desde o início dos anos 90. Tem somado sucessos atrás de sucessos, entre eles "Viver Todos os Dias Cansa", "Muito Meu Amor", "Nos Teus Braços Morreríamos", "Quase Gosto da Vida que Tenho" e "Amor Portátil".
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Community Reviews
Displaying 1 - 26 of 26 reviews
December 19, 2012
"O que vivi merece ser escrito, para me lembrar que vivi."
October 31, 2012
Adorei o conto... não começou da melhor maneira mas surpreendeu-me no desenvolvimento e ainda mais no final. Não estava à espera mas concordo "Para saber o que é a vida é preciso morrer."
December 13, 2012
Este “A Musa Irrequieta” é, basicamente, uma história de amor autobiográfica (pelo menos, foi o que me pareceu) e que pretende ser uma homenagem à dita musa. Um professor universitário de meia-idade não ama propriamente a sua profissão e, por isso, utiliza um artifício para tornar o ofício de ensinar menos penoso: em cada semestre, escolhe uma musa, e leciona como se ela fosse a sua única aluna. Às tantas, a musa é Eva, uma rapariga magnetizante, e o professor apaixona-se. Até aqui, parece uma história sem nada que a distinga, por isso esperei pelo final, que já tinha lido ser algo inesperado. E, de certo modo, foi, conferindo à narrativa um tom dramático (lembrei-me do Nicholas Sparks) que, a juntar à revelação que a história é autobiográfica, lhe dá alguma identidade. O problema, pelo menos para mim, é que não me importei muito com o destino reservado às duas personagens principais. Não sei se isto aconteceu pelo facto de a história ser curta ou se a escrita do autor – que, confesso, não achei nada por aí além – não permitiu que tivesse ocorrido essa ligação emocional com as personagens. Talvez dê o benefício da dúvida e experimente uma narrativa mais longa deste autor.
December 2, 2012
"Ainda é relativamente fácil escolher uma entre múltiplas marcas de iogurte, mas não escolhemos a língua onde nascemos, nem a pessoa que nos assalta a vida." (..) "Para saber o que é a vida é preciso morrer." (..) "Um dia, em que já não haja dias nem horas, voltarei a sentir o abraço dos teus braços e perder-me-ei de novo no brilho dos teus olhos.
O que vivi merece ser escrito, para me lembrar que vivi." Um conto simples, mas ao mesmo tempo complexo, que nos faz pensar em certas coisas da vida.
O que vivi merece ser escrito, para me lembrar que vivi." Um conto simples, mas ao mesmo tempo complexo, que nos faz pensar em certas coisas da vida.
December 25, 2014
"O que vivi merece ser escrito, para me lembrar que vivi”
Perdemos tudo...Sempre!
September 9, 2022
Adorei. Um conto pequeno, muito grande!
September 3, 2015
http://bioquimicadaleitura.blogspot.p...
Mais um mês, mais um conto para o desafio literário 12 meses, 12 contos portugueses que iniciei aqui no blogue. Criei este desafio no inicio do presente ano, com a finalidade de divulgar o trabalho de autores portugueses.
Todos os meses publico uma opinião diferente, tentando dar a conhecer escritores que, na sua maioria, ainda não tinham sido mencionados aqui na página. Agora ao iniciar-se Setembro, optei por ler A musa irrequieta de Pedro Paixão.
O conto inicia-se com um professor que detesta o seu emprego, então para amainar a ansiedade de falar perante um grande público, elegia uma estudante e falava dirigindo-se apenas a ela, a sua musa. Contudo, fora daquele horário/espaço não se dirigia a ela seja como for, e fez disso sua regra.
Eva era muito bonita e revelava sempre um elevando grau de interesse nas aulas. Certo dia abordou o professor para questionar-lhe acerca de um exame, fazendo-o quebrar a regra. Foi a única vez.
Deixaram de estar relacionados académicamente, e à medida que a viagem dela pelo continente americano ia decorrendo, postais iam surgindo no cacifo do protagonista com curtos relatos. O tempo passou-se e voltaram a cruzar-se, e assim iniciou-se uma história de amor.
Gostei bastante deste conto, sobretudo das partes que descrevem a relação dos intervenientes. Vimos o florescer e a continuidade que o amor tem, e sem dúvida, vimos que o amor não escolhe idades.
A vida é repleta de mistérios e ninguém sabe o que poderá estar mesmo ali à frente. Algumas decisões referentes à felicidade e a descoberta de que é possível ser feliz e ainda, é possível fazer alguém feliz, é das coisas mais gratificantes do mundo. Independentemente da duração, há coisas pelas quais vale a pena lutar.
Mais um mês, mais um conto para o desafio literário 12 meses, 12 contos portugueses que iniciei aqui no blogue. Criei este desafio no inicio do presente ano, com a finalidade de divulgar o trabalho de autores portugueses.
Todos os meses publico uma opinião diferente, tentando dar a conhecer escritores que, na sua maioria, ainda não tinham sido mencionados aqui na página. Agora ao iniciar-se Setembro, optei por ler A musa irrequieta de Pedro Paixão.
O conto inicia-se com um professor que detesta o seu emprego, então para amainar a ansiedade de falar perante um grande público, elegia uma estudante e falava dirigindo-se apenas a ela, a sua musa. Contudo, fora daquele horário/espaço não se dirigia a ela seja como for, e fez disso sua regra.
Eva era muito bonita e revelava sempre um elevando grau de interesse nas aulas. Certo dia abordou o professor para questionar-lhe acerca de um exame, fazendo-o quebrar a regra. Foi a única vez.
Deixaram de estar relacionados académicamente, e à medida que a viagem dela pelo continente americano ia decorrendo, postais iam surgindo no cacifo do protagonista com curtos relatos. O tempo passou-se e voltaram a cruzar-se, e assim iniciou-se uma história de amor.
Gostei bastante deste conto, sobretudo das partes que descrevem a relação dos intervenientes. Vimos o florescer e a continuidade que o amor tem, e sem dúvida, vimos que o amor não escolhe idades.
A vida é repleta de mistérios e ninguém sabe o que poderá estar mesmo ali à frente. Algumas decisões referentes à felicidade e a descoberta de que é possível ser feliz e ainda, é possível fazer alguém feliz, é das coisas mais gratificantes do mundo. Independentemente da duração, há coisas pelas quais vale a pena lutar.
December 14, 2018
Este é o primeiro conto desta colecção do Diário de Notícias e para mim um mau começo. A Musa Irrequieta é um drama emocional romântico muito exagerado e com demasiado palavreado para a história que conta. Trata da relação entre um professor e uma aluna a que ele se refere como sua musa e por quem fica literalmente perdido de amores. O homem torna-se uma personagem insuportável na forma como se descontrola em relação aos seus sentimentos e de como fica obcecado pela rapariga. O conto acaba por ser uma enumeração dos seus pensamentos sobre ela. O final, apesar de triste e algo cliché, poderia ser a melhor parte, mais realista, mas uma referência à possível relação com factos reais deu-me a sensação de me quererem forçar reacções emocionais. Pode ter sido só impressão minha, mas piorou a minha opinião final.
Os meus comentários a todos os contos da colecção estão publicados no meu blog.
Os meus comentários a todos os contos da colecção estão publicados no meu blog.
November 14, 2012
Primeiro, enquanto leitora, não gostei de sentir a chantagem emocional quando o autor revela - quer seja verdade, quer não - que a história é verídica, fazendo-me sentir quase culpada por não ter gostado nem ter achado a escrita particularmente apelativa (aliás, isto fez-me baixar a classificação).
Em segundo lugar (sobretudo se a história for verdadeira) faz-me confusão este conceito de musa, como alguém sem identidade própria cuja única missão na terra é ser fonte de inspiração e dar sentido à vida de um artista independentemente da sua vontade, desejos e ambições. Parece-me uma perspectiva demasiado egocêntrica, e o escritor reforça essa ideia no final quando menciona que nunca se tinha apercebido da situação pela qual a sua'musa' estava a passar apesar dos sinais evidentes.
Em segundo lugar (sobretudo se a história for verdadeira) faz-me confusão este conceito de musa, como alguém sem identidade própria cuja única missão na terra é ser fonte de inspiração e dar sentido à vida de um artista independentemente da sua vontade, desejos e ambições. Parece-me uma perspectiva demasiado egocêntrica, e o escritor reforça essa ideia no final quando menciona que nunca se tinha apercebido da situação pela qual a sua'musa' estava a passar apesar dos sinais evidentes.
December 4, 2012
Este conto de Pedro Paixão é uma pequena história de amor, de dor, de vida e de morte. Apesar de ser um retrato triste, ou pelo menos melancólico, consegue mostrar muita beleza e sentimento nas poucas páginas que descrevem este amor irreverente, que estava destinado logo desde início a ser breve. Ou talvez não, pois talvez este amor se encontre além da morte. Gostei bastante da escrita e foi uma leitura bastante gratificante, mesmo que curta.
January 14, 2013
Não senti qualquer apego emocional pelas personagens. Os acontecimentos são narrados num tom passivo e francamente monótono. A relação criada entre as duas personagens principais surge do nada, sem indicação clara que justifique o seu desenvolvimento. Todo o conto me pareceu uma fantasia tipicamente masculina, escrita por um adolescente que espalhou pela história referências culturais disto e daquilo, ao molho, para dar um ar de coisa filosófica, circunspecta e adulta.
December 2, 2012
Gostei muito deste pequeno conto!! :)
Pena ser um pouco triste...
Pena ser um pouco triste...
November 25, 2017
O final fez-me baixar a classificação. Sem isso talvez chegasse às três estrelas.
December 21, 2012
Pedro Paixão dá o pontapé de saída nesta maravilhosa iniciativa do Diário de Notícias de publicar contos originais e exclusivos de diversos autores de língua portuguesa! Este pequeno texto leva o leitor a pensar na vida, na morte, nas inevitabilidades e nos imprevistos que nos assaltam e nos destroem os planos que temos para cada um de nós.
Pedro Paixão é um autor que tem uma escrita quase poética e isso está bem patente neste conto. A forma como descreve o que sente, como descreve a própria musa é quase como se fosse um jogo de palavras. Está bem estruturado, na minha opinião, e tem a capacidade de surpreender o leitor. Enquanto lia, não imaginava aquele fim.
Não me arrebatou mas foi uma boa leitura, ainda que, provavelmente, demasiado curta.
Pedro Paixão é um autor que tem uma escrita quase poética e isso está bem patente neste conto. A forma como descreve o que sente, como descreve a própria musa é quase como se fosse um jogo de palavras. Está bem estruturado, na minha opinião, e tem a capacidade de surpreender o leitor. Enquanto lia, não imaginava aquele fim.
Não me arrebatou mas foi uma boa leitura, ainda que, provavelmente, demasiado curta.
December 24, 2012
Nunca li nada deste escritor, Pedro Paixão, a minha primeira experiência de leitura com alguma "obra" foi este conto disponibilizado pelo DN. A Musa Irrequieta conta a história de um professor de meia-idade que acaba por se apaixonar por uma das suas alunas, muito mais nova do que ele. Paixão acaba por descrever de uma forma muito sucinta o romance entre os dois protagonistas - apesar do final um pouco trágico de um deles.
Talvez tenha sido pela falta de desenvolvimento que não senti a química entre os dois, nem sei se era suposto sentir. Mas está muito bem escrito, é uma das coisas que se espera de um escritor português. Tenho esperança de uma obra mais extensa do escritor seja divina.
3/5
Talvez tenha sido pela falta de desenvolvimento que não senti a química entre os dois, nem sei se era suposto sentir. Mas está muito bem escrito, é uma das coisas que se espera de um escritor português. Tenho esperança de uma obra mais extensa do escritor seja divina.
3/5
January 29, 2013
Opinião em português o blog Floresta de Livros.
The story itself isn't all that bad, but it would've worked better as a novelette instead of a short-story. There's too much "tell", actually there's no "show". The narrator goes on and on about what happens but nothing comes across to the reader. Not his motivations, not the beauty and enchantement of his muse, and definetly not his grief.
All in all, it's not a well-told story.
The story itself isn't all that bad, but it would've worked better as a novelette instead of a short-story. There's too much "tell", actually there's no "show". The narrator goes on and on about what happens but nothing comes across to the reader. Not his motivations, not the beauty and enchantement of his muse, and definetly not his grief.
All in all, it's not a well-told story.
August 11, 2013
Mais um texto de Pedro Paixão que me cativa pelo uso da linguagem quase com imagens poéticas. Utiliza o mito da musa inspiradora, para justificar a relação do narrador, um professor universitário de meia-idade, com uma das suas alunas, com idade para ser sua filha. Curiosamente (ou não), a musa tinha o nome de Eva, sendo simbolicamente também a tentação que aparece na vida do narrador.
O final é surpreendente, com o final abrupto do romance e da vida de Eva, marcando para sempre a relação do narrador com a vida, com a profissão e com a escrita.
O final é surpreendente, com o final abrupto do romance e da vida de Eva, marcando para sempre a relação do narrador com a vida, com a profissão e com a escrita.
Read
October 26, 2017Tenho um pouco de dificuldade em me concentrar com textos deste autor, mas ontem, à custa de uma noite de insónias lá para a terceira tentativa consegui arrancar.
Há algo de incestuoso neste conto, na paixão do homem mais velho pela rapariga, mas há algo de infantil, quando a ex-mulher se ri dele e "lhe passa a mão pela cabeça". Talvez o homem que nunca cresce, o eterno Peter Pan? A rapariga está numa de "tudo por tudo", "que se dane", com grande desapego à vida.
Irracionalidade de quem quer ser racional, mais perseguição do amor que o amor em si. Talvez como tudo se escape das nossas mãos.
Há algo de incestuoso neste conto, na paixão do homem mais velho pela rapariga, mas há algo de infantil, quando a ex-mulher se ri dele e "lhe passa a mão pela cabeça". Talvez o homem que nunca cresce, o eterno Peter Pan? A rapariga está numa de "tudo por tudo", "que se dane", com grande desapego à vida.
Irracionalidade de quem quer ser racional, mais perseguição do amor que o amor em si. Talvez como tudo se escape das nossas mãos.
December 16, 2012
Um pequeno conto de alguém doente amorosamente que sofre de distúrbios compulsivos obsessivos do seu objecto erótico negado desde o inicio. Tenta aprisionar o leitor emocionalmente sem espaço para uma consciência do que é realmente uma paixão platónica em termos filosóficos, ler este conto é negar já em si o próprio sentimento pela arte de ler.
January 28, 2013
Conto belíssimo que me fez reviver o forte poder do amor e a brevidade da paixão. Este conto arrepiou-me, trouxe-me as lágrimas aos olhos como se a história que narra fosse a minha. Esta sensação de opressão produzida pela perda de algo querido, deixou-me sem fôlego.
E estas são emoções que só as grandes obras têm a capacidade de provocar.
E estas são emoções que só as grandes obras têm a capacidade de provocar.
November 8, 2012
Uma história curta, parte da série que o DN está a publicar digitalmente. Já tinha lido alguns livros do Pedro Paixão (há quase 10 anos) por isso tinha uma idéia do que esperar. Mesmo assim gostei bastante, e até me fez querer voltar a ler uma sua obra completa.
April 9, 2013
Pequena e trágica história de amor, que nos deixe um certo sentimento de desalento e falta de esperança... a morte não é um fim de tudo nem deve a vida ser uma mera sucessão de dias e horas.
Ainda assim gostei da escrita e considero uma «boa» estreia na leitura de Pedro Paixão.
Ainda assim gostei da escrita e considero uma «boa» estreia na leitura de Pedro Paixão.
December 30, 2012
Fica muito atrás da escrita habitual do autor
December 30, 2015
Quem já leu outras obras de Pedro Paixão sabe que ele é capaz de melhor, embora este conto seja bastante razoável. Escrever sobre si é, ou pelo menos parece ser, uma constante neste autor...
Read
April 5, 2015fiquei com a sensação de que isto poderia ser uma coisa maior. a trama é interessante, a forma nem por isso.
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